Por: Guilherme Carvalho
Assim como na Terra em contato com a sociedade podemos verificar núcleos de criaturas arranjadas pela afinidade a que se prestam, na Erraticidade ou Plano Espiritual, ocorre de igual maneira. De caráter belo, aqueles que aspiram ser úteis, servir, trabalhar pelo ideal enobrecedor, encontram-se em paisagem íntima elevada pela beleza que se faz portador, da luz que carrega consigo. Aos que se entregam de forma infrene a busca das sensações primitivistas, residem em si, verdadeiros tormentos.
Nas diversas literaturas exaradas por inúmeros contribuintes da Dimensão Espiritual, divisamos o conhecimento que tínhamos sobre céu e inferno, para estados em que a consciência se transporta, bem como, somos apresentados a Colônias e Umbrais.
O Espiritismo vem descortinar a nossa destinação, qual a aspiração e conduta que alimentamos para podermos chegar a estes patamares? Visto que o fenômeno natural da morte do corpo orgânico, inevitavelmente, atinge a todos. As vias tomadas na atual empreitada reencarnatória nos direcionam aos locais futuros. No terceiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, por exemplo, organizado sob as luminosidades espirituais, vemos um pouco da Organização Divina por meio dos mundos evolutivos.
O dedicado Amigo Espiritual, Manoel Philomeno de Miranda, em sua obra Reencontro com a vida sintetiza que:
“As construções mentais de cada indivíduo constituem-lhe a psicosfera na qual se movimenta, alimentando-se das vibrações elaboradas e emitindo-as em todas as direções”(FRANCO, P. 87).
Com tantas contribuições, fazendo com que se expanda a nossa visão sobre a Vida, permanecer no estágio encontrado é destituir-se da grandiosidade de ser feliz. Aspirando servir acima de tudo, para encontrar-se a si, conhecer-se, amar-se. Este é o trabalho a que todos estamos destinados, num período de tempo maior ou menor de acordo com a nossa predisposição.
Houve ontem assim como hoje a oportunidade de dirigirmo-nos as esferas mais altas da sociedade, no entanto, abdica-se do Eu verdadeiro, porque, inexoravelmente, a felicidade não é deste mundo. Vislumbrando a benfeitoria da Espiritualidade Superior que age diretamente em nossas existências, instruindo-nos, amparando-nos, convocando-nos ao cumprimento reto dos labores que assumimos, é que depurar-nos-emos, sublimando o perispírito para mais além, atingir estes paraísos celestes que começam dentro de nós.
==========
Referências:
1- KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, tradução de Guillon Ribeiro. Campos dos Goytacazes, RJ: Editora Letra Espírita. 2023.
2- FRANCO, Divaldo Pereira. Reencontro com a vida. Salvador/BA: LEAL, 2023.
Comentários