Do Desperdício à Reutilização
- Letra Espírita
- 22 de mai.
- 2 min de leitura

Por: Guilherme Carvalho
Imediatistas que ainda são os homens e mulheres em busca da locupletação dos sentidos, correm esfaimados para tudo devorar. Iniciou-se em processo natural de sobrevivência e avanço intelectual, no entanto, visando controlar, ter poder uns sobre os outros, as criaturas humanas, fizeram do seu consumo, uma condição inalterável de sempre mais, sem sequer considerar o porvir que chega para todos.
Somos feitos rigorosamente dos mesmos elementos que constituem o planeta. A palavra homem, de onde vem humanidade, tem origem no latim húmus. A palavra Adão, que aparece simbolicamente no Velho Testamento como a primeira criatura humana, significa terra fértil em hebraico. Essa mesma terra — que empresta o nome ao planeta e à nossa espécie — se revela no mais rudimentar dos exames de sangue, quando descobrimos que por nossas veias transportamos minérios que jazem nas profundezas do solo. Ferro, zinco, cálcio, selênio, fósforo, manganês, potássio, magnésio e outros elementos são absolutamente fundamentais à nossa saúde e bem-estar. Se descuidamos da ingestão desses nutrientes — presentes em boa parte dos alimentos — nosso metabolismo fica exposto a diferentes gêneros de desequilíbrio e doenças (MENDES, 2013, P.23).
Com a contribuição do nosso irmão André Trigueiro, somos conduzidos a assimilar as vontades do Criador e nossa conciliação com elas, a consciência anda aturdida nestes dias, e ainda não aprendemos a amenizá-las e reorganizá-las em favor do Bem.
Aumenta-se a produção, é necessária mais matéria prima, desenfreada a rapidez de quem quer estar à frente, as civilizações digladiam-se entre si mesmas.
A educação é pautada em desempenho e consumo, de forma proporcional, quando um se eleva o outro acompanha. O meio ambiente, a mãe Natureza, é subjugada para exclusivamente o que se puder retirar dela.
Com o advento do Espiritismo e o resgate da palingenesia, moldada a partir de uma visão doutrinária, somos convidados, todos nós, praticantes dos costumes sociais vigentes da atualidade, a refletir sobre nossa responsabilidade com o planeta que nos hospeda, que se demonstra Hospital-Escola.
Reutilizar torna-se mais viável, recursos ficam escassos e o progresso é inexorável para o ser consciente do Espírito que se é, que retornará aos programas fisiológicos quando se fizer imprescindível. Não é uma opção o descarte inconsciente.
Reeducar em prol do Bem para reutilizar, reutilizar é dar novo sentido aquilo que já se conhece, é utilizar em favor de si as Potencialidades Divinas, portadoras do criacionismo revolucionário de todos os tempos presente no ser, como nos indica o Apóstolo do Espiritismo, Léon Denis.
==========
Referência:
1- Mendes, André Trigueiro; Espiritismo e ecologia. Brasília: FEB, 2013.
Comments