Por: Espírito Amigo
Todas as vezes que imaginei passos, inevitavelmente me recordo das alpargatas em solo árido, caminhando distancias para a divulgação e vivência do Evangelho.
Assim fez Jesus, quando esteve entre nós. Caminhou incansavelmente, pois já aguardava pela hora morredoura, e, portanto, Ele sabia que era preciso caminhar!
Incrível a simbologia dos passos.
Um a frente do outro... quando a intenção é avançar!
Para cada passo, um levantar de pés... um renovado esforço muscular para que o movimento aconteça.
Sim! É preciso ter esforço, atitude... mesmo quando o avançar significar enfrentamento, como caminhar em lamaçal, em pedras escorregadias e afiadas, caminhar por solos escaldantes ou arenosos... os passos necessitarão serem dados!
Com um pé erguido e pronto a avançar, um turbilhão de possíveis acontecimentos pode vir a impedir que o membro toque o chão e impulsione o corpo.
Um turbilhão de sentimentos, de reflexão, de pessoas, de modos e desafios farão o dono do movimento desistir de avançar.
Porém, o mais interessante, é compreender que decidir não mais avançar, implicará em um esforço que se frustra.
A musculatura se recolhe, desperdiçando a energia motriz.
Um movimento que cessa, uma energia estagnada que colabora para resultados não efetuados.
A cada passo, as criaturas avançam para novos cenários da vida. Mudam-se os ambientes, as intenções, os pensamentos, as ações.
O passo é o movimento.
O passo adiante é o futuro se manifestando.
E o que dizer do passo que não se faz? Pode-se dizer que,
O melhor passo recolhido é o da reflexão.
O passo atrás quando não provém da reflexão, é o medo, a falta de fé!
Portanto percebo que a simbologia dos passos encontra no imperativo do Mestre “Vinde a mim, ...”, sua essência.
Jesus espera de nós a coragem para que continuemos a dar os passos que há tantos séculos de existência temos dado.
A coragem para passos confiantes no futuro gracioso que nos aguarda! Pois na reta final, vislumbraremos a Sua imagem e caminharemos com Ele... e como Ele.
Que os nossos próximos passos sejam em obediência ao imperativo anunciado, pois Ele nos aguarda “ (...) até no final dos tempos. ”
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