Por Milena Araújo
“Atualmente, cada um de nós possui mais poder para fazer nossa parte na transformação do mundo, do que as gerações passadas”
Assim analisou Jaime Ribeiro, educador e escritor pernambucano da atualidade, ao falar sobre a influência da era digital na propagação do ideal espírita.
Já há algumas décadas, temos assistido ao empoderamento das ideias e do conhecimento, dado aos avanços tecnológicos da chamada Era da Informação ou Tecnológica, ou simplesmente Era Digital.
Tanto os conteúdos há muito elaborados como aqueles que acabaram de “sair do forno”, encontram-se acessíveis em diversos formatos digitais para os mais diferentes momentos, lugares e público. Esses formatos podem caber até na palma da mão e têm a capacidade de levar, de forma extraordinariamente rápida, diversos temas de interesse que na construção do saber individualizado ou coletivo.
A tecnologia vem atraindo cada vez mais o interesse de um público bem diversificado e antenado em novidades. A Era é a da comunicação e saber dinâmicos. Bem diferente dos tempos onde a capacidade humana era valorizada apenas pela força bruta ou física como vista, por exemplo, na Era Industrial. O tempo é o do protagonismo individual, no qual o conhecimento é valorizado e se elevará como maior patrimônio do homem!
Na época da publicação dos livros da Codificação, Allan Kardec utilizou da melhor tecnologia do século XIX, para promover a propagação do Espiritismo. Os livros, revistas e folhetos, com tiragens mensais e edições deram à codificação uma ideia de algo novo, que poderiam estar impressas e serem atuais, sem se perder o conteúdo recebido pelos amigos do Além.
Aliás, é sobre a preservação desses conhecimentos doutrinários, muito tem se advertido os espíritas. O bom senso e a experiência sempre foram bons norteadores para o que se vê, lê e se ouve. Como já foi dito, há uma gama de plataformas digitais disponíveis, de fácil acesso e que estão em constante atualizações, como em aplicativos de redes sociais (Facebook, Facebook Messenger, Instagram, Twitter, WhatsApp, blogs, ...), e-books, bibliotecas digitais, etc. Nesses recursos, verificam-se os conteúdos de palestras, textos, livros e podcasts produzidos em qualquer tempo e por qualquer pessoa. Daí, agir com discernimento na escolha do que será lido e estudado, e principalmente do que será compartilhado e colocado à disposição para novos acessos têm sido a orientação dada em muitos estudos sérios da Doutrina.
Atualmente, as casas espíritas também passam pela urgência de conectividade, pois é crescente o número de novos espíritas que chegam com sede de saber ou mesmo em busca de referências e informações. Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE/2017, o Brasil ganha a cada ano, 10 milhões de novos internautas. Portanto, esses internautas estão em todos os lugares e a internet chegou para ficar! E já é a tecnologia decisiva da Era Digital.
Portanto, não há como restringir o saber à apenas belos livros impressos, ou mesmo à rádios e TVs, quando falamos da Doutrina Espírita. O assunto é CONECTIVIDADE também no ambiente espírita.
E naturalmente, a humanidade segue pelos caminhos abertos pelos próprios avanços, seja nas concepções e ideias, nas inter-relações, nas ciências e tecnologias. Lembremos que a Doutrina Espírita acompanha esse progresso, mas os conceitos pétreos doutrinários necessitam se manter preservados pois é a base de tudo o que é produzido.
E, com esses conceitos básicos em mente, o espírita escolherá com bom senso seus acessos digitais para renovação do próprio conhecimento.
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