
André Franchi
Em algum momento de nossas vidas, todos teremos a oportunidade de colocar à prova nossos conhecimentos e convicções trazidos pela Doutrina Espírita, verificando o quanto realmente desenvolvemos nossa fé e resignação.
Recentemente, passei pela perda da minha mãe, através de um desencarne inesperado e imprevisto, devido à incidência de uma leucemia aguda que se desenvolveu de forma silenciosa e rápida, não ocasionando nenhum sintoma aparente que levantasse alguma suspeita da gravidade do quadro.
Pela providência divina, a mesma teve a chance de estar nos visitando, pois mora em outro estado, e passou seus últimos dias de vida com seus netos, que amava tanto, e comigo, seu filho único.
Embora tenha sido apanhado de surpresa, o que me deixou um tanto desnorteado, principalmente pelo fato de minha mãe ter desencarnado fora de seu domicílio, o que gerou uma correria para que fosse efetuado o traslado do corpo para que ela fosse sepultada em sua cidade e junto de meu falecido pai; em todo momento me lembrava de como ela foi uma pessoa benevolente, sempre preocupada com outras pessoas, sempre procurando uma maneira de ajudar e, me senti sereno.
Uma serenidade que apenas a Doutrina Espírita pode nos trazer, por entendermos que o que define o processo de desenlace são os caminhos trilhados ainda em vida. O que com certeza, no caso de minha mãe, garantiu-lhe um amparo espiritual fraterno e carinhoso no momento de separação de seu corpo físico.
Mesmo sentindo o vazio deixado pela sua saída do plano terreno, me senti consolado por entender a continuidade da vida, por supor que ela estaria indo para o plano espiritual em boas condições e que, em breve, estaria muito feliz por lá; já não sentindo mais as limitações de um corpo físico desgastado pela idade e por limitações que o mesmo já lhe ocasionava.
Vivenciei esta perda de forma consciente e lúcida, tentando amenizar minha tristeza porque ela se foi, considerando a alegria e a honra que tive em tê-la como minha mãe, enquanto viva.
Assim como aconteceu no desencarne de meu pai, agradeço por ter conhecido esta Doutrina consoladora e esclarecedora, que nos ampara e nos ensina a termos uma perspectiva mais clara dos acontecimentos que nos cercam e de como os desígnios de Deus são perfeitos.
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